segunda-feira, 26 de setembro de 2011

Saudade


Sempre sabemos que qualquer despedida de alguém que amamos é muito difícil. Quem diria que esta está sendo a mais difícil de todas.
Não sei se a ausência é o que mais dói, mas as lembranças sim deixam a gente com essa dor no peito. Tudo que eu queria era um último abraço e dizer um até breve.
Sabe, algumas pessoas simplesmente passam em nossa vida e deixam boas recordações que ficam guardadas. Mas não é o seu caso, sua vida deixou marcas e estas nunca são esquecidas, não são guardadas, são eternizadas.
Neste momento pedimos força para que esta dor seja diminuída. As lágrimas insistem em cair.
“E ainda se vier noites traiçoeiras,
Se a cruz pesada for, Cristo estará contigo.
O mundo pode até fazer você chorar,
Mas Deus te quer sorrindo.”

quarta-feira, 21 de setembro de 2011

Meu avô- Saudade


É Zé Nogueira, quem diria que hoje não temos mais você ao nosso lado. Não fisicamente, mas temos a certeza que está olhando por nós.
Não acreditávamos que tão cedo você fosse partir. Era tão forte, sonhador e apreciador da vida. Talvez o que ficará em nossas mentes é o senhor convidando todos para ser aniversário de 120 anos. Sabe, nunca duvidamos que isso iria acontecer. Talvez a gente não conseguisse chegar lá, mas sabíamos que o senhor sim iria chegar. Claro que o senhor dava uma forcinha para isso, afinal a cada aniversário o senhor aumentava dois anos em sua idade.
Foram tantos momentos de alegria que hoje a sua ausência dói muito. E como dói. É um vazio que nunca será preenchido. Temos a certeza que o senhor viveu intensamente todos os momentos de sua vida e quando perguntarem quem foi Zé Nogueira, aparecerão as recordações de todos os dias em que alegrou as nossas vidas.
Somente quem o conheceu sabe da pessoa importante que foi. Lembro do seu sorriso fácil, de suas brincadeiras que mesmo eu ficando sem graça, hoje daria tudo para ver novamente. Esse era você. Queria ter te escutado mais, ter te abraçado mais e dizer-te que o senhor sempre será o meu exemplo.
Deus quis-lhe ao Seu lado, para alegrar o céu com suas brincadeiras e gargalhadas. Essas mesmas que fazem tanta falta aqui. Zé, o senhor nos mostrou o que foi viver, nesse "mundão sem porteira".
"Ele enxugará de seus olhos toda lágrima; e não haverá mais morte, nem haverá mais pranto, nem lamento, nem dor; porque já as primeiras coisas são passadas" (Apocalipse 21:4)

“Se passo o dia, paro e escuto o vento
E ainda não posso entender
Como o improvável insiste em acontecer
Se ando sempre no mesmo caminho
E ainda me encontro com alguém
E vejo que não estou sozinho, eu sei
Se passa o dia, o tempo e conto as horas, e eu sem perceber
Que estou parado vendo o seu retrato, e não vou mais te ver
E vou tentando aceitar”



quarta-feira, 7 de setembro de 2011

O último adeus


Cada dia sinto mais distante daquilo que a gente sonhou um dia. E não é só por a gente não estar junto, mas por a gente ter deixado esses sonhos de lado.
Confesso a vocês que sempre tive esperança de um dia voltarmos a ser felizes JUNTOS. Mas a vida nos reserva gratas surpresas que fazem a gente esquecer ou deixar essa esperança morrer.
Cada dia essa vontade se esvai um pouco. Hoje não sei mais que quero voltar. Minha vida está tão boa. Para quem um dia achou que iria morrer por não tê-la ao seu lado, estou descobrindo que achar que vai morrer é descobrir a si mesmo e viver mais intensamente.
E nossos sonhos de casar, ter filho, passar férias pelo mundo, vai se acabando também, como o amor que um dia senti por você. Quando achei que só você me faria feliz, descobri que outras pessoas me amavam e poderiam me fazer mais felizes que você.
Quando achei que viveria sozinho por muito tempo, descobri que para ser feliz deveria desapegar daquilo que me prendia ou entenda da melhor forma, desapegar de você.
Sim, você foi até hoje um fantasma em minha vida. Comparava todo mundo a você e hoje pela primeira vez não comparei a você. Hoje descobri que nossos sonhos tinham acabado de vez. A partir de hoje fortaleço meus sonhos sem você.
Quanto tempo gostaria de dizer isso de verdade. Antes era o que eu queria, mas não conseguia. Hoje, graças a Deus, você simplesmente deixa a parte da minha vida em que chamo de Saudade e passa para a parte da minha vida que chamo de Adeus.
Não tenho dúvidas que o que aconteceu entre a gente foi muito intenso e verdadeiro, mas para viver o futuro, devemos deixar o presente livre do passado. E é nesse último que quero deixar todas as lembranças que tive com você.
Este não é mais um “até logo”, mas sim um “adeus”. 

sábado, 3 de setembro de 2011

Primeiro eu...



Não entristecer... Eis a questão... Deixar de dar murro em ponta de faca... Acreditar que muito mais que gostar de alguém, devemos gostar mais de nós mesmos.

E hoje, mais que nunca, vejo que Mário Quintana estava certo em seu texto Borboletas.

Chego a uma idade em minha vida em que a partir de hoje quero dar valor a outras coisas, minha carreira acima de tudo. Não quero ninguém me puxando para baixo ou sugando minhas energias. Quero dedicar todo o meu tempo aos estudos e trabalho, como faço atualmente, mas com mais vigor.

E se antes já não chorava mais, a partir de hoje nem irei entristecer. Ora, para que? Ou para quem? Que se dane o amor e que se dane aqueles que não dão valor ao amor. Primeiro eu, depois eu e se sobrar mais um tempinho, eu de novo.

Ok, essa é a continuação do texto Pare.