quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

Amores impossíveis

                Ontem estava conversando com um amigo meu sobre alguém que ele gostava. Ele gostava tanto, mas não tinha coragem de dizer a ela.
                Perguntei por qual motivo e escutei uma lista de desculpas: ela é mais velha, ela gosta de meninos fortes e sarados, ela deve preferir ficar ao invés de namorar e sou tímido e não tenho coragem de dizer tudo que sinto a ela.
                Pedi para que lesse meu post Medo de Dizer “Te Amo”. Acho que mexeu com ele. Não sei se terá algum efeito prático, mas gostaria de falar sobre amores impossíveis.
                Algumas pessoas chamam de Amor Platônico. Resolvi fazer uma pesquisa sobre este termo. Origina-se do filósofo grego Platão. Entretanto não tem muito haver com a idéia de amor deste. Amor, para Platão, era um sentimento puro, desprovido de paixão. O amor sob a idéia de Platão, “não se fundamentava num interesse, mas na virtude”. O amor platônico que quero dizer segue a idéia do impossível, quase um sonho. De acordo com o psicanalista Heidi Tabacof “amor platônico revela uma dose de imaturidade emocional, à medida que nunca experimenta os limites e as frustrações de uma relação concreta”.
                É de se pensar que o amor platônico só existe pelo medo ou pela impossibilidade de dizer o que sente. Essa impossibilidade dá-se, por exemplo, por amor a um artista, a um famoso. Mas no caso específico, trata-se de medo. Quem nunca teve medo de levar um “não” que atire a primeira pedra.
                Não devemos ter medo de expressar nossos sentimentos. Nunca. O máximo que irá levar é um não. E se levar, erga a cabeça e mostre que é maior que qualquer frustração. Frustrações sempre existirão. Mas a dúvida é pior que a frustração: e se ela gostar de mim? E se eu tiver uma chance? Você só saberá se permitir abrir seu coração.
                Não existem amores impossíveis. Existem amores guardados, repreendidos. Tenha mais confiança em você. Arrisque. A felicidade podia estar perto e você deixou passar por medo de arriscar.

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